terça-feira, 23 de janeiro de 2018

MEIRELLES VÊ JULGAMENTO DE LULA COMO PROCESSO NORMAL

RECURSO NO TRF
MEIRELLES VÊ JULGAMENTO DE LULA COMO PROCESSO NORMAL, MAS ADMITE CONSEQUÊNCIAS
MINISTRO DA FAZENDA AFIRMOU QUE TEM "OLHADO ISSO COM FOCO"
Publicado: 22 de janeiro de 2018 às 17:31 - Atualizado às 18:02

MINISTRO DA FAZENDA AFIRMOU QUE TEM "OLHADO ISSO (JULGAMENTO) COM FOCO"


Do - Diário do Poder _ O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta segunda-feira, 22, que o julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima quarta-feira, 24, é um "processo normal da Justiça" e que o petista deveria participar da campanha à Presidência. Para ele, quanto mais candidato concorrendo à vaga em outubro é melhor do ponto de vista político. Ressaltou, no entanto, que a Justiça é soberana em sua decisão.
"Há consequências políticas, mas eu não tenho olhado isso com foco", disse a jornalistas em Londres, após encontro com investidores e autoridades locais. Ele voltou a dizer que, do ponto de vista político, seria bom que Lula disputasse a corrida presidencial. "Do ponto de vista da Justiça é outra história. A Justiça é soberana e vai tomar sua decisão baseada em todas as evidências", considerou.

Meirelles defende a participação do ex-presidente com o intuito de que se elimine a discussão, no futuro. "Disputou. Ganhou, perdeu, tudo bem", disse. "Politicamente, quanto mais candidatos melhor - não só ele, qualquer um. Todos os candidatos que queiram, do ponto político, é bom. Do ponto de vista judicial, é outra coisa. A Justiça é soberana", defendeu.
O ministro também tem notado um aumento da preocupação por parte de investidores em relação aos desdobramentos políticos do País. "Sim, existe, sim. É normal. Cada vez existe uma maior ênfase e foco no processo eleitoral e como será a política no Brasil", disse, salientando, entre outros pontos, as dúvidas que existem sobre como ficará a situação fiscal, econômica ou comercial a partir de 2019.
Mais uma vez questionado sobre a possibilidade de sua candidatura, Meirelles explicou que o tema esteve na pauta da reunião com investidores, que teve mais cedo, e que repetiu a posição de que só tomaria a decisão no começo de abril. "Não estou pensando nisso no momento", garantiu. Ele disse que tem um desafio muito grande no momento, que é o de consolidar o crescimento do País, com a expectativa de criar 2,5 milhões de empregos. "Estamos trabalhando duro nessa direção, com o foco total na economia. Depois vamos pensar em outros assuntos."
O ministro evitou responder sobre quem poderia o apoiar no caso de lançar seu nome para 2019. "Eu prefiro não entrar nisso, pois já começaria a discutir candidatura. Prefiro dizer que vou deixar para o fim de março essas discussões." Ele defendeu, porém, que o Brasil continue em sua linha atual. "Eu penso que a grande tendência é que o Brasil prossiga nessa linha. Então, que seja eleito um presidente que seja comprometido com esse processo de reformas da economia, de modernização da economia brasileira em andamento."
Sobre a situação da Caixa, o ministro também avaliou que o processo está "correndo normalmente". Ele enfatizou que o novo estatuto foi aprovado no fim da semana passada e que este é um movimento "muito importante". Em relação à capitalização da instituição, ele voltou a dizer que existe a possibilidade de que o aporte não demande fundos do FGTS porque a Caixa conta com outras fontes de capitalização. Meirelles partirá para Davos ainda hoje, para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos.

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