domingo, 15 de abril de 2018

COLUNA ESPIRITA


QUEM DIRIA QUE A BÍBLIA TEM LIVROS MEDIÚNICOS OU ESPÍRITAS? II
 Por                              

Justina Ines Valandro


   Aos caros leitores comunico que esta matéria republica a de igual título, de 2-4-2018, tendo em vista que o assunto de possessão divide alguns autores espíritas, e sobre o qual afirmo que o espírito, de acordo com Kardec, na Revista Espírita, entra no corpo do possesso. 
  Uma lei de Moisés, não de Deus, proibiu o contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo 18). Isso porque o povo era muito ignorante a respeito da mediunidade. Mas se Moisés  proibiu esse contato, é porque ele existe mesmo!
  A mediunidade é uma faculdade inata. São Paulo a chama de dom espiritual. Todos nós a temos. Frequentemente, ela se manifesta em forma de intuição. E há pessoas que a possuem em grau elevado. Por exemplo, aquelas que incorporam espíritos, ou seja, a já referida possessão.
  O cristianismo atacou muito a mediunidade. E, na Idade Média, milhares de médiuns, principalmente mulheres, morreram nas fogueiras da Inquisição. As autoridades religiosas cristãs ensinavam egoisticamente, que somente o papa e os bispos, em concílios ecumênicos, é que recebiam espírito, que era para elas o Espírito do próprio Deus ou o Espírito Trinitário. Que presunção de grandeza! Santa Joana D’Arc era uma grande médium. Isso contribuiu muito para que ela morresse na fogueira da Inquisição. E muitos outros santos da Igreja como também os profetas bíblicos eram médiuns.
   Até há pouco tempo, os médiuns eram considerados doentes mentais pelo clero católico, os pastores protestantes e evangélicos e até pelos médicos não espíritas. Hoje, porém, a mediunidade está consolidada, sendo estudada em várias universidades.
  Quando são Paulo fala em dons espirituais, ele está se referindo aos dons espirituais do espírito santo (alma) de cada pessoa (1 Coríntios 6: 19). Ele não conheceu o Espírito Santo Trinitário, que só foi criado pelos teólogos no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381), iniciando assim a instituição do dogma trinitário.
  Para o escritor e pastor presbiteriano Nehemias Marien, a Bíblia é um manual de psicografia. E dizemos que ela o é também de psicofonia, isto é, quando o espírito fala pela boca do médium.
   Coelet ou ‘Eclesiastes’ significa profissão de ‘pregador’ e não o nome do pregador. Ele pregava para uma comunidade ou “Eclesia” (Igreja em grego). E ‘Eclesiastes’ é da mesma raiz de “Eclesia”. Segundo a opinião mais aceita, ele foi escrito por volta do ano 280, a.C. Para outros, em 580, a.C. E outros dizem que  ele tem vários autores. Ora, diante de tantas opiniões diferentes, ousamos apresentar mais uma: O rei Salomão, filho de Davi, segundo a História Bíblica, viveu no ano mil, a. C. Por que, então, não se admitir também a hipótese do fenômeno mediúnico de psicofonia, ou seja, o espírito de Salomão pregando, vários séculos depois de sua morte, por meio do médium pregador (‘Coélet’ ou ‘Eclesiastes’), e cuja pregação foi depois escrita por um de seus ouvintes?
  Realmente, hoje se sabe que os espíritos podem pregar através de médiuns de psicofonia, a qual pode se transformar em escrita por quem ouve o médium. E esse fenômeno mediúnico se teria tornado tão importante com o pregador (‘Coelet’ ou ‘Eclesiastes’), que ele até deu nome a um dos livros da Bíblia: o ‘Eclesiastes’. Além disso, torna-se compreensível por que o ‘Eclesiastes’ teria sido escrito por Salomão, em espírito, somente em 280 ou 580, e não no ano mil, a.C. E isso só pode ser psicografia!

  PS: “Presença Espírita na Bíblia”, com este colunista, na TV Mundo Maior.

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